UM FUTURO CENTRADO NA ROBÓTICA
A robótica tem sido notícia pelo papel desempenhado nas operações de fabrico e de montagem final. Alguns dos maiores fabricantes do mundo comunicam um enorme retorno do investimento em robótica, quando a questão passa por automatizar e inovar todo o chão de fábrica.
Os robôs variam significativamente em termos de tamanho, funcionalidade, mobilidade, destreza, inteligência artificial e custo. Podem ser fixos, móveis ou voar sob a forma de drones, e cada vez mais são programados para reconhecer e aprender com o que está ao seu redor. A sua capacidade de captar informação e de tomar decisões de forma autónoma significa que, muitas vezes, podem executar tarefas com pouca ou nenhuma intervenção humana.
Robótica como serviço
A utilização da robótica no armazém estava, até há pouco tempo, limitada apenas às maiores organizações, uma vez que, normalmente, assumia a forma de ativos fixos com preços elevados. No entanto, o aparecimento da robótica como serviço alterou a situação, ao trazer a inovação da robótica para armazéns de todas as dimensões e perfis diferentes. A prova é a previsão realizada para os próximos cinco anos, que regista um forte crescimento da robótica, especialmente nas operações da cadeia de abastecimento que incluem tarefas de menor valor, potencialmente perigosas ou de alto risco.
A oportunidade para o retorno do investimento é enorme, uma vez que as deslocações e a movimentação de mercadorias no armazém são, normalmente, as que exigem mais tempo e dinheiro. Num contexto de escassez global de mão de obra, as organizações acabam por ter de procurar formas, cada vez mais criativas, de colmatar as lacunas de competências e a robótica representa uma solução fundamental nesta área.
Aumento da complexidade, novos modelos
Na sequência do aumento das compras em linha e da proliferação de SKU associada, a mercadoria aumentou tanto em volume como em diversidade. Os robôs no armazém tornam a movimentação de lotes e de recolhas individuais mais simples e mais eficiente e, não só reduzem a dependência da mão de obra, como também mitigam o risco através do aumento da segurança no chão de fábrica. Do mesmo modo, podem efetuar contagens detalhadas de stocks durante a noite, eliminando a necessidade da verificação física do inventário por humanos.
À medida que muitas organizações retomam a gestão das suas operações de armazém para obterem um maior controlo face à complexidade e incerteza sem precedentes, a robótica pode aumentar a flexibilidade. Do mesmo modo, pode dar uma vantagem aos 3PL, uma vez que estes movimentam misturas de mercadorias complexas em várias categorias para grandes volumes de clientes.
Integrar a robótica com o WMS
No entanto, apesar desta mudança, muitas organizações estão a perceber de que, para concretizar todo o potencial da robótica, esta tem de ser acompanhada por uma plataforma WMS moderna e baseada na cloud. Sem um sistema que possa ser facilmente integrado através de APIs, que fale sem problemas com os robots, interprete os dados e informe os fluxos de trabalho, a robótica só consegue ir até certo ponto, acabando por limitar o potencial e impedindo o ROI.
Embora a robótica possa representar um fator de mudança na automação e na eficiência, permitindo que as pessoas passem a fazer um trabalho mais estratégico, menos perigoso e de maior valor, uma plataforma WMS eficaz é a base fundamental do armazém. Ao facilitar um fluxo contínuo de dados e informações que abrangem as encomendas de vendas, a recolha, a embalagem e o cumprimento, o potencial da robótica pode ser verdadeiramente maximizado.
De facto, de acordo com a Gartner, 95% das organizações da cadeia de abastecimento investiram ou planeiam investir na automação ciber-física, sendo que uma parte significativa das mesmas, planeia também utilizar robôs inteligentes intralogísticos (ISR). As restrições de disponibilidade de mão de obra são o principal fator subjacente aos investimentos em robótica, com 66%.
À medida que a tecnologia continua a melhorar e que a robótica, como serviço, ganha mais impulso, ao mesmo tempo que os preços diminuem, a questão passa a ser de que forma e quando é que se deve capitalizar a robótica.
O certo é que o sucesso dependerá, em grande parte, do modo como a plataforma WMS for aproveitada para integrar e otimizar os fluxos de trabalho.
Um futuro centrado na robótica para as cadeias de abastecimento
Não há dúvida de que a cadeia de abastecimento do futuro irá provavelmente assistir a um crescimento contínuo de robôs autónomos. Aqueles que o fizerem corretamente não só melhorarão a velocidade e a precisão das operações de rotina neste momento, como também garantirão a flexibilidade e a agilidade para se adaptarem no futuro, de acordo com as condições e a dinâmica do mercado.
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